As ações da Petrobras atingiram seus menores valores do ano nesta segunda-feira (5), com a PN (PETR4) caindo 3,73% e a ON (PETR3) recuando 2,81%. O declínio acompanhou o anúncio de redução de 4,7% no preço médio do diesel para distribuidoras, que passará a R$ 3,27 por litro, o menor patamar desde agosto de 2023. O setor de petróleo como um todo foi impactado pela queda do Brent, que fechou em baixa de 1,73%, a US$ 60,23 por barril, pressionando também outras empresas como PRIO, PetroReconcavo e Brava Energia.
A decisão da Opep+ de aumentar a produção em mais de 400 mil barris por dia a partir de junho surpreendeu o mercado, contribuindo para a queda acentuada do petróleo. Analistas destacam que o Brent ficou abaixo de US$ 60 pela primeira vez desde abril de 2021, reforçando o clima de aversão a risco. Apesar disso, instituições como o UBS BB mantêm recomendações positivas para a Petrobras, citando um dividend yield atrativo de 13% e perspectivas de crescimento na produção até 2025.
Embora o cenário atual seja desafiador, com preocupações sobre o impacto do capex nos dividendos futuros, a trajetória da Petrobras ainda é vista com otimismo por parte do mercado. A empresa projeta um aumento de 8% na produção de petróleo bruto até o quarto trimestre de 2025, o que pode sustentar uma recuperação. O movimento recente reflete a volatilidade do setor, influenciado por fatores globais e decisões de produção.