A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, anunciou medidas para atrair cientistas estrangeiros à Europa, visando fortalecer a competitividade do bloco em tecnologias inovadoras, como inteligência artificial e computação quântica. Durante conferência em Paris, ela destacou a ciência como essencial para enfrentar desafios globais, desde saúde até mudanças climáticas. Entre as iniciativas estão a criação de uma Lei da Área Europeia de Pesquisa, um pacote de 500 milhões de euros em apoio a pesquisadores e bolsas direcionadas a áreas estratégicas.
O plano europeu surge em um momento em que os Estados Unidos enfrentam cortes propostos no financiamento federal à pesquisa, o que pode impactar universidades e centros de inovação. Von der Leyen criticou a tendência de questionar o investimento em ciência básica, classificando-a como um “gigantesco erro de cálculo”. O presidente francês, Emmanuel Macron, também reforçou o apelo por mais colaboração científica durante o mesmo evento.
A estratégia da União Europeia reflete uma corrida global por liderança tecnológica, com foco em setores como semicondutores, biotecnologia e saúde digital. Ao facilitar a circulação de conhecimento e oferecer incentivos financeiros, o bloco busca posicionar-se como um polo de inovação, competindo diretamente com EUA e China. As medidas destacam a importância da cooperação internacional para avanços científicos e soluções aos desafios do século XXI.