O presidente dos Estados Unidos demitiu vários membros do conselho do Museu Memorial do Holocausto em Washington, incluindo figuras ligadas à gestão anterior. Entre os desligados está o marido de uma ex-alta autoridade do governo democrata, que havia sido nomeado para o cargo durante a administração passada. Em comunicado, o ex-membro do conselho afirmou que a memória do Holocausto não deve ser politizada e destacou os riscos de polarizar o tema.
O conselho, criado em 1980 e composto por 63 membros — dos quais 55 são indicados pelo presidente —, é responsável pela administração do museu inaugurado em 1993. Desde o retorno à Casa Branca, o atual mandatário tem promovido alterações em instituições culturais e educacionais, além de revisar nomeações feitas por adversários políticos. A demissão em massa foi comunicada por e-mail, citando uma decisão direta do presidente.
Apesar da saída do conselho, os ex-membros reiteraram seu compromisso com a luta contra o antissemitismo e a preservação da memória histórica. Um dos demitidos ressaltou que continuará a combater o ódio e a educar sobre o tema, enfatizando que o silêncio não é uma opção. O episódio reflete tensões políticas em torno de instituições públicas e suas diretorias.