Em novembro de 2024, o Brasil exportou 4,66 milhões de sacas de café, superando em 5,4% o volume exportado no mesmo mês do ano anterior. Com esse resultado, o país alcançou um novo recorde anual de 46,4 milhões de sacas, superando o total registrado em 2020. Esse desempenho reflete um crescimento consistente, com a receita gerada pelas exportações, em novembro, chegando a US$ 1,34 bilhão, um aumento de 62,7% em relação ao mesmo período de 2023.
O Brasil segue como líder mundial na exportação de café, com destaque para a variedade arábica, que corresponde a 33,97 milhões de sacas exportadas até novembro de 2024, um aumento de 23,2% em relação ao ano anterior. A demanda por cafés de qualidade superior, como os certificados por práticas sustentáveis, também cresceu significativamente, representando 17,5% das exportações totais e gerando US$ 2,19 bilhões em receitas. Esse crescimento reflete tanto a valorização do produto quanto a estratégia do setor para atender a uma demanda internacional crescente por cafés diferenciados.
Apesar dos bons resultados, o setor enfrenta desafios logísticos, especialmente nos portos brasileiros, que impactam diretamente os custos de exportação. Exportadores têm lidado com dificuldades estruturais que aumentam os gastos, mesmo diante do crescimento das vendas externas. De acordo com representantes da indústria, fatores como o preço competitivo do conilon brasileiro e as antecipações feitas por importadores europeus, em função de regulamentos ambientais, também contribuíram para o aumento das exportações, especialmente de cafés robusta, neste ano.