A inflação oficial do Brasil precisará de um pequeno aumento em dezembro, de até 0,20%, para que o Banco Central consiga cumprir sua meta de 3% para 2024. Em novembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma desaceleração, com um aumento de 0,39%, comparado a 0,56% em outubro. No entanto, a taxa acumulada em 12 meses subiu para 4,87%, o que representa um crescimento pelo terceiro mês consecutivo. Para atender à meta do ano que vem, a inflação de 2024 não pode ultrapassar 4,50%.
Apesar da desaceleração do índice geral, em novembro, o IPCA registrou aumentos de preços em três grupos de despesas, enquanto seis apresentaram quedas. A maior redução foi observada no índice de difusão, que indica a porcentagem de itens com aumentos de preços. Esse índice passou de 62% para 58% entre outubro e novembro, o que sugere uma inflação mais concentrada em menos itens. A difusão dos itens alimentícios caiu levemente, enquanto os não alimentícios também apresentaram uma diminuição no aumento de preços.
A inflação, portanto, mostrou-se mais restrita em novembro, afetando uma quantidade menor de subitens. A diminuição nos aumentos de preços, especialmente nos itens não alimentícios, reflete uma desaceleração no ritmo da alta de preços, o que pode dar um alívio temporário à economia brasileira. Porém, o cenário continua desafiador para o cumprimento da meta do Banco Central para o próximo ano.