A intensificação da guerra tarifária entre Estados Unidos e China tem aumentado a aversão ao risco nos mercados globais, com reflexos diretos no câmbio. O temor de uma desaceleração econômica mundial e o avanço de barreiras comerciais elevam a percepção de risco entre investidores, pressionando ativos como o dólar. O índice DXY e o dólar futuro (DOLFUT) estão entre os instrumentos mais sensíveis, operando com alta volatilidade e próximos a zonas técnicas decisivas, que podem definir novos rumos para suas tendências.
No curto prazo, o DXY mantém trajetória de baixa, testando suportes críticos como 99.250 pontos. Caso essa região seja rompida, o índice pode buscar patamares inferiores, como 97.200 ou até 92.900 pontos. Já o dólar futuro, após romper uma linha de tendência de baixa, aponta para possível retomada de alta, com resistências em 6.105 e 6.305 pontos. A manutenção desses níveis será crucial para confirmar ou negar a continuidade dos movimentos atuais.
Em médio prazo, ambos os ativos enfrentam cenários divergentes. O DXY oscila em uma consolidação desde fevereiro de 2023, com risco de queda para 94.550 pontos se perder o suporte atual. O dólar futuro, por sua vez, mantém tendência de alta, dependendo da sustentação acima de 5.800 pontos. O desfecho desses movimentos dependerá de fatores macroeconômicos e geopolíticos, que seguem sob forte incerteza, mantendo os investidores em alerta.