Uma investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro revelou um esquema complexo de tráfico de armas e munições, liderado por Eduardo Bazzana, um empresário do setor de armamentos em São Paulo. Em apenas 40 dias, Bazzana teria faturado cerca de R$ 1,6 milhão com a venda de munições e carregadores para intermediários da facção criminosa Comando Vermelho (CV), resultando em um lucro diário de R$ 40 mil. Ele foi preso em Americana, interior paulista, em uma operação conjunta do Ministério Público e da polícia fluminense.
As investigações mostraram que Bazzana utilizava os CNPJs de suas empresas de artigos esportivos como fachada para as transações ilícitas. Os depósitos em suas contas pessoais e empresariais coincidiam com pagamentos registrados em planilhas do tráfico, revelando sua atuação como fornecedor de materiais bélicos para o CV. Entre os contatos do empresário estão figuras conhecidas do crime no Rio de Janeiro, incluindo Luiz Carlos Bandeira Rodrigues, líder do CV na Comunidade da Muzema.
O esquema também envolvia outros fornecedores e agentes públicos, evidenciando uma rede de corrupção e lavagem de dinheiro. A participação de ex-policiais e empresários no tráfico de armas destaca a gravidade da situação, que não apenas alimenta o crime organizado, mas também compromete a segurança pública. As autoridades continuam a investigar as conexões e o alcance desse esquema criminoso.