Na Fazenda Silvério, localizada em Itararé, São Paulo, a comunidade quilombola, composta por 26 famílias, mantém viva a herança de José Silvério Martins, um escravizado que chegou à região por volta de 1840. Reconhecida oficialmente em 2018 pela Fundação Palmares, a Fazenda Silvério se destaca não apenas pela produção agrícola diversificada, mas também por seus projetos culturais que promovem a identidade afro-brasileira entre os moradores.
A história da comunidade remonta a séculos, com indícios de escravizados na região desde 1720. Após a epidemia de malária que forçou José Silvério a se mudar para o Morro Vermelho, ele estabeleceu sua família e cultivou a terra. O reconhecimento como quilombo foi um processo desafiador, mas o apoio do vereador José Roberto Gogo foi crucial para a oficialização do título. Atualmente, a comunidade cultiva uma variedade de produtos agrícolas e participa ativamente de iniciativas culturais e educacionais.
Apesar dos avanços, os moradores enfrentam desafios como a regularização fundiária e melhorias na infraestrutura. Com planos de investir em turismo rural e afroturismo, a comunidade busca fortalecer sua economia local e compartilhar sua rica história. O primeiro grande evento será realizado durante o Dia da Consciência Negra, em novembro, com atividades que visam promover a cultura quilombola e gerar recursos para o centro comunitário.