Vladimir Putin insiste que a Ucrânia deve abandonar a região do Donbas e renunciar a suas aspirações de adesão à Otan, enquanto se reúne com Donald Trump no Alasca. Durante a cúpula, que ocorreu na sexta-feira (15), Putin apresentou sua proposta, condicionando um cessar-fogo em Zaporizhzhia e Kherson à retirada total das forças ucranianas do Donbas. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, rejeitou essa ideia, ressaltando a importância estratégica da região para a defesa do país.
O professor Marnie Howlett, da Universidade de Oxford, alerta que a Rússia não demonstra intenção de encerrar o conflito e que a tomada do Donbas poderia facilitar novas invasões. Com cerca de 88% do Donbas sob controle russo, Zelensky argumenta que a região industrial é vital para conter os avanços russos. A resistência ucraniana é reforçada por voluntários civis que arriscam suas vidas na luta pela soberania nacional.
As declarações de Trump sobre buscar um acordo de paz contrastam com as exigências de Putin, criando um cenário complexo para a diplomacia internacional. A insistência russa em manter o controle sobre o Donbas pode agravar ainda mais as tensões na Europa Oriental e complicar as relações entre os EUA e a Rússia. A situação permanece crítica, com implicações significativas para a segurança regional e global.