O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), está sob investigação por indícios de rachadinha e outras irregularidades em seu gabinete. Sua chefe de gabinete, Ivanadja Velloso, é acusada pelo Ministério Público de improbidade administrativa, relacionada ao pagamento de um funcionário fantasma entre 2005 e 2009, o que teria causado um prejuízo superior a R$ 220 mil ao erário. Ivanadja nega as acusações e alega que não houve enriquecimento ilícito.
As investigações revelam que Ivanadja, que trabalha com Motta desde 2011, recebeu procurações para movimentar contas de funcionários fantasmas, incluindo dois que ainda estão ativos. Além disso, o esquema de intercâmbio de funcionários entre Motta e o deputado Wilson Santiago também foi exposto, com várias pessoas ligadas a práticas irregulares. A ex-assessora Athina Pagidis, que trabalhou em ambos os gabinetes, foi arrolada como testemunha pela defesa de Ivanadja.
O caso se arrasta há quase nove anos e pode ter novos desdobramentos se o Tribunal de Contas da União acatar o pedido do procurador Lucas Furtado para investigar as irregularidades no gabinete de Motta. A situação levanta sérias questões sobre a ética e a transparência na administração pública, especialmente em um momento em que a confiança nas instituições está em xeque.