O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que o ajuste fiscal promovido pelo governo não tem como objetivo aumentar tributos, mas sim reduzir as renúncias fiscais. Em entrevista ao canal ‘TV GGN’, Haddad afirmou que diminuir o gasto tributário não significa criar novos impostos, ressaltando que a meta é não manter o gasto tributário acima de 6% do PIB. Atualmente, os gastos tributários federais estão projetados em R$ 540 bilhões para 2025, o que equivale a 4,4% do Produto Interno Bruto (PIB).
Haddad destacou que o governo concentrou seus esforços nos últimos dois anos e meio no combate às desonerações fiscais, enfrentando resistência de setores da economia. Ele enfatizou a importância da transparência nas informações sobre benefícios concedidos, permitindo que as empresas defendessem seus interesses de forma clara. O ministro acredita que, em um momento diferente da história, o progresso feito poderia ter sido alcançado em um período mais curto.
No contexto atual, tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei Complementar (PLP) 128/2025, que obriga o governo a reduzir gradualmente os benefícios tributários em pelo menos 10% até o fim de 2026. O texto prevê cortes de 5% em 2025 e mais 5% em 2026, com percentuais diferenciados por setor. O Ministério da Fazenda deve enviar complementos para acelerar a tramitação do projeto.