Três semanas após a implementação do tarifaço, o governo brasileiro analisa que os setores industriais sofrerão os maiores impactos das novas alíquotas de 50% impostas pelos Estados Unidos. De acordo com informações recebidas, muitos exportadores de alimentos, como mangas, estão conseguindo redirecionar suas vendas para outros mercados, enquanto produtos como carnes e café também mostram capacidade de adaptação. No entanto, a indústria enfrenta dificuldades maiores devido às especificações técnicas exigidas para o mercado norte-americano, o que demanda tempo para readaptação.
Os Ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário concordam que a maioria dos produtos alimentícios já está sendo redirecionada, e aqueles que não foram ainda estão sendo preparados para o programa Brasil Soberano, que visa ajudar as empresas afetadas. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) alerta que, apesar da China ser o principal parceiro comercial do Brasil, os Estados Unidos são o maior comprador de bens da indústria de transformação, tornando a situação crítica para esse setor.
O governo está em processo de elaboração de um pacote de socorro para os setores impactados, que inclui reuniões do Conselho Monetário Nacional para definir regras de crédito. No entanto, muitas das medidas ainda dependem de aprovação legislativa e regulamentações adicionais. A expectativa é que as ações sejam destravadas em breve, mas a urgência da situação exige uma resposta rápida para mitigar os efeitos do tarifaço sobre a economia brasileira.