O subsecretário de Diplomacia Pública dos Estados Unidos, Darren Beattie, fez uma declaração contundente em sua conta no X (antigo Twitter) nesta quarta-feira, 6, direcionada aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Beattie compartilhou uma publicação do Departamento de Estado dos EUA, que critica a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, e aconselhou os magistrados a não apoiarem o ministro Alexandre de Moraes.
Em sua mensagem, Beattie descreveu Moraes como "o principal arquiteto do complexo de censura e perseguição" contra Bolsonaro e seus apoiadores, ressaltando que os abusos de direitos humanos atribuídos ao ministro resultaram em sanções sob a Lei Magnitsky, que impede Moraes de acessar os Estados Unidos e movimentar bens no país. Essas sanções, que visam interferir no julgamento relacionado à tentativa de golpe de Estado, foram aplicadas a outros sete ministros do STF, que também tiveram seus vistos americanos cassados.
Além disso, Beattie já havia se manifestado anteriormente sobre a taxação de 50% sobre produtos brasileiros, considerando-a uma resposta esperada às ações da Suprema Corte e do governo Lula contra Bolsonaro. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se encontra nos EUA, é um dos responsáveis por articular essas pressões, buscando uma anistia para os condenados pela tentativa de golpe, incluindo seu pai.
As declarações de Beattie e as sanções impostas pelo governo dos EUA refletem uma escalada nas tensões entre os Estados Unidos e o Brasil, com implicações significativas para as relações diplomáticas e comerciais entre os dois países.