A Argentina está no centro de uma investigação sobre corrupção que envolve Karina Milei, irmã do presidente Javier Milei. A apuração foi desencadeada pela divulgação de áudios que mencionam a participação de Karina em um esquema de propina relacionado à distribuição de medicamentos para pessoas com deficiência. Nas gravações, Diego Spagnuolo, chefe da Agência Nacional para Pessoas com Deficiência, é ouvido discutindo subornos e alegando que a agência estava sendo fraudada.
Spagnuolo, que foi demitido na última quinta-feira (21) como uma medida preventiva, faz referência a Karina Milei como alguém que estaria recebendo pagamentos ilícitos. Após a divulgação dos áudios, autoridades argentinas realizaram buscas em várias propriedades, incluindo a residência de Spagnuolo, onde apreenderam celulares e uma máquina de dinheiro. O governo Milei não confirmou a autenticidade das gravações e o presidente ainda não se pronunciou sobre o caso.
Este escândalo surge em um momento delicado para Javier Milei, que enfrenta desafios legislativos no Congresso e se prepara para as eleições de meio de mandato em outubro. A investigação pode comprometer sua postura firme contra a corrupção na política argentina e afetar sua agenda de reformas econômicas e sociais, que já está sob pressão.