O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, sancionou nesta terça-feira (29) uma nova lei que permite o recrutamento de cidadãos com mais de 60 anos para o Exército, em resposta à crescente escassez de soldados no país. A medida visa aumentar o contingente militar em meio à guerra em curso contra a Rússia, que se intensificou nas últimas semanas, especialmente na região de Sumy, no norte da Ucrânia.
De acordo com informações divulgadas pelo Parlamento ucraniano, os voluntários poderão ser alistados em funções não combatentes, desde que sejam submetidos a exames médicos e aprovados pelas autoridades militares. Além disso, cada recruta passará por um período de teste de dois meses para avaliação de sua aptidão para o serviço.
A nova legislação não estabelece um limite máximo de idade para o alistamento, refletindo a urgência do governo em encontrar novas formas de suprir as necessidades das Forças Armadas. Nos últimos meses, o governo já havia reduzido a idade mínima para o recrutamento obrigatório de 27 para 25 anos e lançado programas de incentivos para jovens de 18 a 24 anos, embora a adesão tenha sido abaixo do esperado.
Atualmente, a Ucrânia enfrenta críticas em relação ao seu sistema de alistamento, que muitos consideram ineficaz e marcado por corrupção. Apesar da lei marcial em vigor que proíbe a saída de homens adultos do país, alguns têm recorrido a estratégias arriscadas para evitar o recrutamento forçado, o que evidencia a complexidade da situação militar e social no país.