Construir um patrimônio sólido, especialmente por meio de imóveis, é um objetivo comum entre muitas famílias brasileiras. Entretanto, a falta de um planejamento sucessório adequado pode transformar esse patrimônio em um fardo para os herdeiros, alerta a advogada de Wealth Management da XP, Dandara Piani. Segundo ela, a ausência de uma estratégia sucessória é uma situação mais comum do que se imagina, levando a dificuldades financeiras imediatas durante o processo de inventário.
Dandara explica que imóveis são considerados ativos ilíquidos, o que significa que, ao abrir um inventário, os herdeiros podem enfrentar custos significativos, como impostos sobre herança e honorários advocatícios. Sem liquidez disponível, as famílias muitas vezes se veem obrigadas a vender propriedades abaixo do valor de mercado, resultando em prejuízos e desentendimentos entre os herdeiros. Além disso, a herança de um único imóvel por vários irmãos pode gerar disputas que frequentemente terminam no Judiciário, causando desgaste familiar.
Para evitar esses problemas, a advogada recomenda o uso de instrumentos jurídicos, como a holding patrimonial, que organiza o patrimônio familiar em uma estrutura empresarial. Essa abordagem pode facilitar a sucessão, reduzir custos e prevenir litígios entre herdeiros. No entanto, Dandara enfatiza que a constituição de uma holding deve ser personalizada, levando em consideração as particularidades de cada família. A XP oferece orientação especializada para ajudar na escolha da estrutura mais adequada, ressaltando que a falta de organização pode transformar um legado em uma fonte de conflitos e perdas financeiras.