A partir de março de 2023, uma nova legislação em Belo Horizonte autoriza a instalação de painéis luminosos de LED na Praça Sete, um dos pontos mais emblemáticos do centro da capital mineira. A medida, que visa atrair investimentos publicitários, tem gerado polêmica entre arquitetos e lojistas, refletindo diferentes visões sobre o impacto na área.
Os defensores da lei, incluindo representantes do comércio local, argumentam que a publicidade digital pode revitalizar a região e aumentar o fluxo de consumidores. Em contrapartida, entidades de arquitetos e urbanistas criticam a proposta, alegando que a instalação dos painéis pode prejudicar a estética urbana e a qualidade de vida dos trabalhadores na área, sugerindo alternativas como melhorias na iluminação e redução do tráfego.
Desde a aprovação da lei, três propostas para a instalação dos painéis foram apresentadas à Prefeitura, mas nenhuma foi aprovada devido à falta de documentação necessária, como a autorização do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural. As propostas incluem ofertas de até R$ 250 mil por dia, totalizando R$ 7,5 milhões mensais, mas enfrentam resistência por questões de obstrução visual e impacto no ambiente urbano.
A nova legislação estabelece que, além da exploração comercial, a Prefeitura terá direito a uma hora diária de conteúdo gratuito nos painéis, em inserções de 30 segundos. A discussão sobre a transformação da Praça Sete em uma espécie de 'Times Square' de Belo Horizonte continua a polarizar opiniões entre os diferentes setores da sociedade.