O governo federal anunciou mudanças na regra de reajuste do salário mínimo, que farão parte de um pacote de contenção de gastos. A nova proposta prevê que o crescimento real do salário mínimo continuará atrelado ao Produto Interno Bruto (PIB), mas com limites estabelecidos pelo arcabouço fiscal. O reajuste passará a ser de no máximo 2,5% e, no mínimo, 0,6% acima da inflação por ano.
O impacto econômico dessas alterações será significativo, com uma previsão de R$ 2,2 bilhões em 2025 e R$ 9,7 bilhões em 2026. Ao longo dos anos, os valores vão aumentando progressivamente. Em 2027, o impacto esperado é de R$ 14,5 bilhões, chegando a R$ 20,6 bilhões em 2028, R$ 27,8 bilhões em 2029 e R$ 35 bilhões em 2030.
Esses reajustes são parte de um esforço do governo para equilibrar as contas públicas, mantendo o poder de compra do salário mínimo, mas com um controle fiscal mais rigoroso. A medida reflete uma tentativa de conciliar o crescimento real com a responsabilidade fiscal, algo que pode gerar debates sobre os efeitos de longo prazo para a economia e a população.