O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, qualificou a ação do ex-presidente Jair Bolsonaro, apoiada pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, como um "sequestro da economia de uma Nação". Dino se manifestou durante o julgamento que decidiu pela manutenção das medidas restritivas impostas por Alexandre de Moraes, que incluem a proibição de Bolsonaro de se comunicar com autoridades estrangeiras e o uso de tornozeleira eletrônica.
As medidas foram justificadas pela Polícia Federal (PF), que alega que Bolsonaro, em conluio com seu filho Eduardo, busca pressionar o Judiciário e desestabilizar a economia brasileira. Em sua declaração, Dino destacou que a situação representa uma forma inédita de coação, onde a economia é ameaçada em troca do arquivamento de processos judiciais.
A decisão de Moraes, tomada na quinta-feira (17), ocorre em meio a uma polêmica envolvendo tarifas impostas por Trump sobre produtos brasileiros, que o ex-presidente associou à sua situação judicial. Bolsonaro, por sua vez, classificou a investigação contra ele como uma "suprema humilhação" e negou qualquer intenção de deixar o Brasil.
As restrições impostas a Bolsonaro podem perdurar durante o processo penal, conforme previsto na legislação brasileira. A situação continua a gerar debates sobre a relação entre política, justiça e economia no país.