O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será o anfitrião da 66ª Cúpula do Brics, marcada para os dias 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro. O evento terá como foco a defesa do multilateralismo e a ampliação de sistemas comerciais entre os países membros, em resposta às políticas protecionistas dos Estados Unidos. No entanto, a cúpula contará com a ausência de líderes importantes, como o presidente da China, Xi Jinping, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, o que pode impactar a repercussão política do encontro.
Além de Xi e Putin, o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, e o presidente do Egito, Abdel Fattah el-Sisi, também não estarão presentes. Até o momento, estão confirmadas as presenças do presidente da Índia, Narendra Modi, e do presidente da Indonésia, Prabowo Subianto. O encontro ocorrerá em um contexto de tensões entre Israel e Irã, e será o primeiro após o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, que já ameaçou o bloco com tarifas comerciais.
A ausência de Putin se deve a um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra na Ucrânia. O Brasil, signatário do estatuto do TPI, teria a obrigação de cumprir o mandado. Apesar disso, Lula havia afirmado anteriormente que Putin não seria preso se comparecesse ao Brasil. O líder russo participará do evento por videoconferência, assim como ocorreu na cúpula de 2023 na África do Sul.
Durante a presidência do Brasil no Brics, que começou em 1º de janeiro de 2025, o foco será em temas como inteligência artificial, saúde e mudança climática. O governo brasileiro busca promover reformas na governança global e o desenvolvimento sustentável, com a expectativa de que a cúpula resulte em avanços significativos nas discussões sobre esses assuntos.