O governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (30) a aplicação de sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A decisão é considerada por especialistas do Ministério das Relações Exteriores como a maior crise nas relações entre Brasil e EUA em 200 anos. A sanção ocorre em um momento crítico, a poucos dias da implementação de uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados para o território americano.
A diplomacia brasileira já estava em negociações para mitigar as tarifas comerciais, mas a aplicação da Lei Magnitsky contra Moraes alterou a percepção no Itamaraty. Interlocutores afirmaram que "não há disposição para negociação que resista a esse tipo de agressividade". Na mesma tarde, Trump oficializou a tarifa sobre os produtos brasileiros, intensificando a tensão entre os dois países.
Além das sanções, o governo Trump já havia cancelado os vistos de Moraes e outros ministros do STF. Com a imposição da Lei Magnitsky, todos os bens do magistrado nos EUA estão bloqueados, e ele enfrenta restrições para realizar transações financeiras com cidadãos e empresas americanas. A medida foi celebrada pelo deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que vinha pressionando o governo dos EUA para a adoção de sanções contra Moraes, em meio a investigações sobre sua atuação para influenciar o processo judicial envolvendo seu pai, Jair Bolsonaro.