A partir de 1º de agosto, os produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos enfrentarão uma tarifa de 50%, conforme anunciado pelo governo de Donald Trump. Em uma declaração feita na quinta-feira (24), o subsecretário do Departamento de Estado, Darren Beattie, criticou o ministro Alexandre de Moraes, afirmando que ele representa um sistema de censura contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que, segundo Beattie, prejudica a liberdade de expressão nos EUA.
A declaração de Beattie ocorreu após Moraes afirmar que não há restrições formais para que Bolsonaro conceda entrevistas, mas alertou que o conteúdo de suas falas poderia resultar em consequências legais se disseminado por terceiros nas redes sociais. Isso, na prática, tem impedido Bolsonaro de se comunicar livremente com a imprensa.
A embaixada dos Estados Unidos em Brasília divulgou a nota em português, enfatizando que se trata de uma posição oficial do governo americano. Trump, ao justificar a tarifa, mencionou que a forma como o Brasil tratou Bolsonaro foi um dos fatores que levaram à imposição das taxas, descrevendo o julgamento do ex-presidente como uma "caça às bruxas" que deve ser encerrada imediatamente.
Além disso, Trump acusou o Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro de emitir ordens de censura ilegais a plataformas de mídia dos EUA. Embora tenha sido levantada a possibilidade de aplicar a Lei Magnitsky contra Moraes, fontes indicam que essa ação é improvável de ocorrer.