O ex-presidente Jair Bolsonaro compareceu à Polícia Federal nesta quinta-feira (26) para a instalação de uma tornozeleira eletrônica, após determinação do ministro Alexandre de Moraes. A medida cautelar foi imposta em decorrência de investigações que envolvem crimes de coação no curso do processo, obstrução de Justiça e atentado à soberania nacional, com penas que podem somar até 20 anos de prisão.
O magistrado destacou que as ações de Jair e Eduardo Bolsonaro configuram atos que evidenciam a prática de delitos graves. Entre os crimes citados, a coação no curso do processo pode resultar em pena de um a quatro anos, enquanto a obstrução de investigação contra organização criminosa pode levar a penas de três a oito anos. O atentado à soberania nacional também é punido com reclusão de três a oito anos.
Bolsonaro, ao se manifestar sobre a imposição da tornozeleira, classificou a situação como uma "suprema humilhação". A decisão judicial reflete um momento crítico na trajetória política do ex-presidente, que enfrenta sérias acusações e investigações em andamento.