Um acidente trágico envolvendo um balão de ar quente em Praia Grande, Santa Catarina, resultou na morte de oito pessoas no dia 21 de junho. O incidente ocorreu nas proximidades da comunidade de Cachoeira de Fátima, onde moradores, que antes admiravam os voos, agora enfrentam um clima de apreensão e tristeza. Entre as vítimas estava o patinador artístico Leandro Luzzi, de 35 anos, que sonhava em voar de balão e caiu em um quintal durante a queda.
Após o acidente, todos os voos na região foram suspensos, e as empresas de balonismo só puderam retomar as atividades em 2 de julho. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) anunciou que irá revisar as normas para balonismo tripulado no Brasil, uma vez que as atuais regulamentações se referem apenas ao balonismo desportivo. A empresa responsável pelo passeio, Sobrevoar, declarou que o piloto tentou salvar todos os passageiros a bordo.
A comunidade local, que costumava receber turistas para os passeios, agora vive um clima de luto. Moradores relatam traumas e dificuldades emocionais após o acidente, e uma escola infantil na região pediu aos pais que evitem discutir o ocorrido em casa, devido ao impacto nas crianças. A prefeitura de Praia Grande destacou que o balonismo é uma atividade econômica significativa, gerando cerca de 500 empregos e movimentando até R$ 150 milhões por ano na cidade, conhecida por suas belezas naturais e comparada à Capadócia, na Turquia.