A juíza distrital Lilian Moreno Cuéllar, de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, anulou nesta quarta-feira (30) a ordem de captura contra o ex-presidente Evo Morales, acusado de estupro e tráfico de pessoas em um caso envolvendo abuso de menor durante seu mandato. A decisão judicial declarou a invalidação de “qualquer mandado de rebeldia e ordem judicial de apreensão”.
A magistrada também determinou a suspensão das investigações sobre o caso, que tramitava em Tarija, no sul do país, e ordenou o envio do processo para Cochabamba – região onde Morales possui amplo apoio político e social. A medida ocorre após o Ministério Público boliviano ter solicitado, em outubro, a prisão do ex-presidente.
Evo Morales, de 65 anos, permanece desde então refugiado em seu reduto político na região cocaleira. O caso segue gerando controvérsia no país, dividindo opiniões entre apoiadores do ex-mandatário e grupos que exigem apuração rigorosa das acusações.