Um relatório divulgado pela Transparência Internacional e o Instituto Centro de Vida (ICV) revela que os nove estados da Amazônia Legal estão entre os piores do país em proteção a defensores ambientais, participação social e acesso a direitos e informação. O estudo, publicado nesta semana, destaca a vulnerabilidade de ativistas e comunidades na região, com dados coletados entre 2022 e 2023.
O Acre aparece como o segundo estado com pior desempenho no índice, especialmente em acesso à justiça e transparência de informações. A situação ganhou destaque após a Operação Suçuarana, do ICMBio, que investiga crimes ambientais na Reserva Extrativista Chico Mendes, mas enfrenta críticas por suposta falta de diálogo com comunidades locais.
O levantamento aponta ainda que a falta de políticas públicas eficientes e a dificuldade no monitoramento de crimes ambientais agravam os problemas na região. Segundo as organizações, a ausência de mecanismos de proteção a defensores e a baixa transparência em dados oficiais impedem avanços no combate ao desmatamento e na garantia de direitos básicos às populações tradicionais.