A Prefeitura de Ubatuba confirmou o primeiro caso de febre oropouche na cidade, marcando a expansão da doença, que antes era restrita à região Norte do país. O vírus, transmitido principalmente pelo mosquito *Culicoides paraensis* (conhecido como maruim ou mosquito-pólvora), vem se espalhando por outras áreas, incluindo o estado de São Paulo. Até o momento, seis casos foram registrados na região do Vale do Paraíba e bragantina em 2025, segundo dados do Ministério da Saúde.
Os sintomas da febre oropouche são semelhantes aos de outras arboviroses, como dengue e chikungunya, incluindo febre, dores musculares, náuseas e sensibilidade à luz. Embora geralmente leves, os sintomas podem retornar após um intervalo de 7 a 14 dias. A vigilância epidemiológica reforça a importância de procurar atendimento médico imediato em caso de suspeita, já que o diagnóstico diferencial é essencial para evitar complicações raras, como meningite ou encefalite.
A doença não tem tratamento específico, e o manejo clínico consiste em aliviar os sintomas e monitorar os pacientes. As medidas de prevenção seguem as mesmas recomendadas para a dengue: uso de repelentes, roupas protetoras e eliminação de criadouros de mosquitos. A notificação obrigatória de casos é crucial para conter surtos, dada a capacidade do vírus de mutação e seu potencial epidêmico. Autoridades alertam para a necessidade de vigilância contínua diante da crescente disseminação da febre oropouche no Brasil.