A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a condenação de três indivíduos pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes. Segundo as alegações finais, dois dos acusados são apontados como mandantes do crime, enquanto um ex-chefe da Polícia Civil teria garantido a execução e a impunidade dos envolvidos. O motivo estaria ligado a interesses em áreas de exploração imobiliária controladas por milícias na zona oeste do Rio de Janeiro.
A PGR pede pena em regime fechado, destacando três agravantes: motivo fútil, ausência de chance de defesa das vítimas e perigo comum devido aos disparos em via pública. O crime teria sido cometido para manter a lucratividade de negócios ilícitos, com os atiradores surpreendendo as vítimas desarmadas dentro de um veículo. O vice-procurador-geral da República ressaltou a brutalidade do ataque, que dificultou qualquer reação.
Além disso, a PGR requisitou a condenação de outros dois indivíduos, a perda de cargos públicos e o pagamento de indenizações às famílias das vítimas. O caso, que completa seis anos, segue sob investigação, com a expectativa de que a decisão judicial traga esclarecimentos sobre um dos crimes políticos mais emblemáticos do país.