A Operação Sisamnes, que investiga um suposto esquema de venda de decisões judiciais no Superior Tribunal de Justiça (STJ), teve novos desdobramentos nesta semana. Um empresário se entregou à Polícia Federal em Brasília após ter sua prisão preventiva decretada por suspeita de obstrução à investigação. Outro alvo já havia sido preso na véspera, acusado de atos graves para dificultar as medidas judiciais executadas na fase mais recente da operação, que mirava uma rede de lavagem de dinheiro ligada a propinas.
A investigação, conduzida pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), já passou por várias fases, incluindo a prisão de um lobista e buscas em endereços ligados a auxiliares de ministros do STJ. Segundo as autoridades, o esquema envolveria advogados, empresários, assessores e magistrados, com suspeitas de venda de informações sigilosas e lavagem de dinheiro para ocultar a origem ilícita dos valores.
A operação, que faz referência a um episódio da mitologia persa sobre um juiz corrupto, busca desarticular uma rede que supostamente comprometeu a integridade de decisões judiciais. A defesa de um dos investigados negou irregularidades, afirmando que sempre agiu com legalidade e transparência. O caso continua em andamento, com a polícia e o Judiciário trabalhando para apurar todas as suspeitas.