O ministro da Fazenda afirmou ser favorável à pesquisa de petróleo na Margem Equatorial, na região amazônica, mas destacou que o Brasil e o mundo precisam reduzir a dependência do combustível fóssil. Em entrevista, ele ressaltou que a eventual descoberta de petróleo não deve atrasar a transição energética, já que não há tecnologia para evitar as emissões de carbono decorrentes de sua queima. O Brasil, segundo ele, tem liderado investimentos em fontes alternativas há décadas.
Em maio de 2023, o Ibama negou a licença para exploração de um bloco na região devido à insuficiência do plano de emergência apresentado pela Petrobras, que previa uma base em Belém, a 870 km do local. A empresa, em pedido de reconsideração, propôs uma estrutura mais próxima, no Amapá, para atendimento a vazamentos. Uma decisão final do órgão ambiental é esperada antes da COP-30, que ocorrerá em Belém em 2025, mas não há prazo definido.
Enquanto o ministro da Fazenda enfatiza a necessidade de abandonar o petróleo, o ministro de Minas e Energia argumenta que os recursos da exploração são essenciais para financiar a transição energética, além de gerar empregos. Já o secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis defende que a produção brasileira emite menos carbono que a de outros países e que interrompê-la poderia aumentar as emissões globais, já que a demanda pelo combustível continuaria.