O julgamento que investiga a morte de Diego Maradona, ocorrida em novembro de 2020, teve novos depoimentos que reforçam as suspeitas de negligência médica. Um dos profissionais que acompanhou o ex-jogador afirmou que Maradona não estava em condições clínicas para ser tratado em casa após a cirurgia cerebral que realizou semanas antes de falecer. Segundo o médico, o quadro exigia monitoramento hospitalar permanente, especialmente devido ao processo de desintoxicação, que não poderia ser feito com segurança fora de um ambiente especializado.
Outro especialista envolvido no caso destacou as dificuldades no tratamento, mencionando a resistência do paciente a exames e a necessidade de medidas mais rigorosas. Ele afirmou que, em situações como aquela, o protocolo recomendaria a interrupção da internação domiciliar e a transferência para um hospital. Os depoimentos corroboram a tese da acusação, que aponta falhas na equipe médica responsável pelos cuidados de Maradona em seus últimos dias.
O processo, que deve se estender até julho, envolve oito profissionais de saúde, acusados de homicídio com dolo eventual. Eles podem enfrentar penas de oito a 25 anos de prisão, caso condenados. O tribunal de San Isidro, na província de Buenos Aires, é responsável pela análise do caso, que continua a revelar detalhes sobre as circunstâncias da morte do ídolo argentino.