Um assassinato ocorrido em 2024 no aeroporto de Guarulhos expôs laços entre agentes de segurança pública e facções criminosas, como o PCC e o Comando Vermelho. Uma força-tarefa prendeu 33 suspeitos, incluindo policiais civis e militares, acusados de envolvimento no crime ou em esquemas de corrupção. As investigações, conduzidas por múltiplas instituições, apontam para um cenário de infiltração do crime organizado em setores do Estado, com agentes públicos supostamente protegendo facções e participando de atividades ilícitas.
O caso teve início com a morte de um empresário que havia feito delações sobre esquemas de lavagem de dinheiro e corrupção policial. As apurações revelaram que o crime foi encomendado por membros de facções, com participação direta de policiais militares. Além disso, descobriu-se que parte da munição usada no homicídio pertencia à corporação, indicando desvio de material.
Especialistas em segurança pública destacam que o caso evidencia falhas estruturais no sistema, com agentes públicos atuando em conluio com o crime organizado. O Ministério Público e as polícias continuam investigando possíveis desdobramentos, enquanto as defesas dos acusados negam as acusações. O episódio levanta debates sobre a necessidade de reformas para combater a corrupção e fortalecer a integridade das instituições de segurança.