A Ilha da Trindade, localizada no Oceano Atlântico a 1.140 km do litoral do Espírito Santo, é conhecida por sua beleza natural e importância estratégica, mas esconde riscos fatais, como as chamadas “ondas camelos”. Essas ondas, que podem ultrapassar dois metros de altura, surgem inesperadamente e já causaram pelo menos nove mortes entre militares brasileiros desde 1957, quando a Marinha do Brasil estabeleceu ocupação permanente no local. A morfologia costeira, com formações rochosas que facilitam o galgamento das ondas, torna áreas como a Pedra da Garoupa e a Praia do Parcel especialmente perigosas.
Text: Administrada pela Marinha, a ilha abriga 30 militares em revezamentos quadrimestrais e é palco de pesquisas científicas coordenadas pelo PROTRINDADE. Para reduzir acidentes, regras como saídas em grupo de três pessoas foram implementadas, garantindo que, em emergências, haja socorro imediato. Apesar das medidas, a imprevisibilidade das ondas camelos continua a representar um risco documentado, com registros de tragédias desde a década de 1960, incluindo um caso em 2018.
Text: A história da ilha, que já foi ocupada por outras nações antes da presença brasileira, sugere que incidentes anteriores podem não ter sido registrados. Especialistas e documentaristas, como um jornalista que visitou o local em 2007, compartilham informações sobre os perigos e peculiaridades da ilha, alertando para a necessidade de cautela. A combinação de belezas naturais e riscos mortais faz da Ilha da Trindade um lugar único, mas que exige respeito e preparo de quem a visita.