Os preços do ouro registraram alta de mais de 1% nesta segunda-feira, impulsionados pela desvalorização do dólar e pela busca por ativos seguros, após a agência Moody’s rebaixar a nota de crédito dos Estados Unidos. Na Comex, divisão da Bolsa de Nova York, o contrato para junho fechou a US$ 3.233,5 por onça-troy, refletindo o aumento da demanda pelo metal. Analistas apontam que o rebaixamento da dívida americana e as incertezas no comércio global, incluindo tensões tarifárias e dados econômicos fracos da China, contribuíram para o movimento de alta.
Na semana anterior, o ouro havia recuado devido a uma trégua nas tarifas entre EUA e China, mas as incertezas políticas e comerciais permanecem elevadas. Especialistas destacam que o prazo de 90 dias para o alívio tarifário, que expira em agosto, adiciona pressão aos mercados. Além disso, as recentes declarações sobre controles de exportação de chips para a Huawei aumentaram as tensões, reforçando o apelo do ouro como proteção contra riscos.
No longo prazo, instituições financeiras projetam que o metal continue a se valorizar, impulsionado por políticas globais e a diversificação de ativos em dólar. O Goldman Sachs mantém sua previsão de US$ 3.700 por onça-troy até o fim de 2025 e US$ 4.000 em meados de 2026, mesmo com a redução do risco de recessão nos EUA. A volatilidade no curto prazo, no entanto, deve persistir diante de um cenário misto de notícias positivas e negativas.