O Banco de Brasília (BRB) encerrou 2024 com um índice de Basileia de 12,9%, queda de 1,7 ponto percentual em relação a 2023, devido ao aumento das exposições de risco. A instituição planeja adquirir 58% do Banco Master em uma operação avaliada em R$ 2 bilhões, que ainda depende da aprovação de aumentos de capital por parte do Banco Central. O Master manteve seu índice de Basileia estável em 11,5% no mesmo período, mesmo com crescimento nos lucros. Ambos os bancos têm capitalizações em andamento, o que deve elevar o índice do conglomerado após a consolidação.
Em 2024, o BRB registrou crescimento de 20,2% em sua carteira de crédito, impulsionado por operações de consignado, crédito imobiliário e linhas rotativas para empresas. No entanto, os ativos ponderados pelo risco subiram 26,9%, enquanto o patrimônio de referência aumentou 11,8%, refletindo uma expansão com maior exposição. Os depósitos também cresceram 24,4%, com destaque para CDBs e depósitos judiciais, que representam a maior parte do total.
O BRB destacou seu custo de captação, em torno de 90% do CDI, como uma vantagem competitiva que será estendida ao Master, cujo custo atual é de 140% do CDI devido à estratégia de oferecer retornos acima do mercado. Analistas apontam que o volume e o preço das captações do Master são pontos de atenção, dada sua carteira de ativos menos líquida em comparação ao BRB. A operação de aquisição visa fortalecer a posição de ambos no mercado financeiro.