A Polícia Federal em Minas Gerais prendeu três investigados na Operação Egrégora por suspeita de desviar R$ 11,5 milhões dos cofres do INSS. O esquema envolvia a criação de idosos fictícios para receber benefícios assistenciais destinados a pessoas de baixa renda. Durante a ação, foram realizadas buscas em oito endereços nas cidades de Belo Horizonte, Contagem e Betim.
A fraude foi descoberta no contexto da Operação Sem Desconto, uma investigação conjunta da PF e da Controladoria Geral da União, que revelou um rombo de R$ 6,3 bilhões no INSS. O grupo criminoso utilizava documentos falsificados, como certidões de nascimento e comprovantes de residência, para receber valores indevidos há quase duas décadas. Dez idosos chegaram a ser usados como “laranjas” para simular a existência de 40 pessoas.
A Operação Egrégora contou com a colaboração de agentes da PF e da Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social. Os mandados foram emitidos pela 3ª Vara Criminal da Justiça Federal de Belo Horizonte, e os investigados podem responder por estelionato qualificado e associação criminosa. Além de recuperar parte dos valores desviados, a ação evitou um prejuízo adicional de mais de R$ 5,2 milhões aos cofres públicos.