O presidente da CBF, reeleito por unanimidade há pouco mais de um mês, está sob pressão após uma petição no STF pedir seu afastamento imediato. A ação, protocolada por uma deputada federal, questiona a legalidade do acordo homologado pelo tribunal em fevereiro, que validou o processo eleitoral da entidade em 2022. O principal argumento é a suposta falsificação de uma das assinaturas que ratificaram o acordo, com um laudo pericial indicando divergências na autenticidade. A CBF, em nota, afirmou compromisso com a transparência e contestou o uso midiático do laudo, sem acesso formal ao documento.
O caso se soma a uma ação já em tramitação no STF, a ADI 7580, que discute a legitimidade de acordos entre o Ministério Público e entidades esportivas. A ação remonta a 2017, quando mudanças no estatuto eleitoral da CBF foram contestadas por favorecer federações estaduais em detrimento de clubes. Em 2022, um acordo encerrou a disputa, mas foi anulado pelo TJ-RJ no ano seguinte, levando à remoção temporária do presidente da CBF. Uma liminar do STF o reconduziu ao cargo, mas o julgamento do mérito está marcado para 28 de maio.
A situação coloca em xeque a estabilidade da gestão do futebol brasileiro, com possíveis repercussões jurídicas e políticas. Enquanto a CBF defende a legalidade de suas ações, o STF terá de decidir sobre a validade do acordo e o futuro da entidade. O desfecho pode impactar não apenas a liderança da confederação, mas também a governança do esporte no país.