A escolha de um cardeal norte-americano para suceder o papa Francisco, falecido em abril, era considerada improvável, mas Joseph William Tobin, de 73 anos, emerge como um nome surpreendente. Com um perfil progressista alinhado ao do pontífice argentino, Tobin foi nomeado cardeal em 2016 e atualmente é arcebispo de Newark. Sua trajetória inclui passagens por cargos no Vaticano e uma postura aberta a discussões sobre inclusão na Igreja, além de uma vida pessoal marcada por superação, como a recuperação de um vício em álcool há décadas.
Tobin teve uma ascensão significativa dentro da hierarquia católica, incluindo liderança global de uma congregação religiosa e um cargo no Vaticano, onde defendeu grupos femininos investigados, o que levou a seu afastamento do centro de poder durante o papado de Bento XVI. Com a eleição de Francisco, seu alinhamento com temas como acolhimento a mulheres e LGBTQIA+ o recolocou em evidência. Em 2016, tornou-se cardeal e assumiu Newark, onde lidou com um escândalo de abusos sexuais com transparência, ganhando reconhecimento.
Atualmente, Tobin integra três órgãos importantes no Vaticano, incluindo o Dicastério para os Bispos, o que reforça sua influência. Embora tenha perdido uma eleição para a conferência de bispos dos EUA em 2022, sua proximidade com o estilo de Francisco e seu histórico progressista o tornam um candidato relevante no cenário pós-conclave. Sua experiência global e postura reformista podem ser decisivas caso os cardeais busquem continuidade na linha pastoral atual.