O governo dos EUA anunciou uma suspensão temporária de tarifas sobre produtos eletrônicos populares, como telefones e computadores, mas deixou claro que essa medida é apenas um passo processual em uma estratégia maior. A isenção, que exclui temporariamente esses itens de taxas de 125% sobre a China e 10% sobre outros países, será substituída por tarifas setoriais específicas, focadas especialmente em semicondutores e na cadeia de suprimentos eletrônica. Autoridades afirmaram que o objetivo é reduzir a dependência de importações e repatriar a produção, embora as novas tarifas devam ser menores do que as atualmente aplicadas à China.
A decisão foi vista como um alívio temporário para empresas como a Apple, que dependem fortemente da manufatura chinesa, mas também abre espaço para negociações e pressões de lobistas. O governo chinês classificou a medida como um “pequeno passo” e pediu que os EUA abandonem completamente as tarifas unilaterais, optando por diálogos baseados em respeito mútuo. Enquanto isso, autoridades americanas reiteraram que os produtos isentos serão transferidos para um novo regime tarifário, com foco em setores estratégicos.
As próximas etapas incluem a publicação de um aviso sobre tarifas de semicondutores, que devem ser implementadas em um ou dois meses, seguindo um processo semelhante ao usado para o aço e o alumínio. A taxa exata ainda não foi definida, mas espera-se que fique em torno de 25%, como em outros setores. Além disso, a tarifa de 20% sobre a China, relacionada à pressão por medidas contra o fentanil, permanece em vigor, destacando a complexidade da estratégia comercial em curso.