O governo dos EUA suspendeu temporariamente tarifas sobre produtos eletrônicos populares, como telefones e computadores, mas reforçou que a medida é parte de um plano maior para reestruturar o comércio exterior. A isenção, anunciada na sexta-feira, exclui temporariamente esses itens de taxas de 125% sobre a China e 10% para outros países, mas autoridades destacaram que os produtos serão transferidos para um novo regime tarifário específico para o setor de semicondutores e eletrônicos. O objetivo, segundo o governo, é reduzir a dependência de importações e incentivar a produção doméstica.
A suspensão foi vista como uma vitória temporária para empresas como a Apple, que dependem da manufatura chinesa, e recebeu elogios do governo chinês, que pediu a eliminação total das tarifas. No entanto, autoridades norte-americanas afirmaram que a pausa é apenas processual, com novas taxas setoriais sendo preparadas para semicondutores e toda a cadeia de suprimentos eletrônicos. Essas tarifas, ainda não definidas, devem ser menores que os 125% aplicados à China, mas superiores à taxa global de 10%.
O anúncio sinaliza uma estratégia de longo prazo para realocar a produção de componentes críticos, como chips, para os EUA. Enquanto isso, empresas e lobistas terão uma janela para negociar parâmetros e exclusões. Tarifas adicionais sobre semicondutores devem ser detalhadas nas próximas semanas, seguindo um processo que inclui investigações e relatórios. A medida reflete uma política comercial que prioriza a segurança nacional e a redução de dependências externas, mesmo que isso signifique custos mais altos para setores estratégicos.