O senador Plínio Valério (PSDB-AM) manifestou preocupação com os obstáculos enfrentados pela pavimentação da BR-319, trecho que liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO). Em pronunciamento no Plenário, ele criticou a atuação de organizações não governamentais (ONGs) que conseguiram suspender a licença prévia concedida pelo Ibama para a obra, após entrarem com ações na Justiça Federal. O parlamentar também questionou a posição da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que defende a realização de mais estudos ambientais antes da continuidade do projeto.
O senador argumentou que a falta de infraestrutura na região prejudica o direito de ir e vir da população local, além de dificultar a integração da Amazônia com o restante do país. Ele destacou que outras regiões do Brasil já possuem estradas pavimentadas, enquanto os moradores do Amazonas enfrentam dificuldades de locomoção. Para tentar resolver o impasse, o parlamentar ingressou com uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) no STF, mas a ação foi negada pelo ministro Luiz Fux, que alegou que a decisão cabe ao órgão ambiental.
A situação permanece indefinida, com a licença prévia do Ibama concedida, mas sem efeito prático devido à possibilidade de novas ações judiciais. O senador acusou as ONGs de prolongar o processo e inviabilizar investimentos essenciais para o desenvolvimento da região. O impasse reflete a tensão entre a necessidade de infraestrutura e a preservação ambiental, um debate que ainda não encontrou solução consensual.