O governo federal projetou um aumento do salário mínimo para R$ 1.630 em 2026, com correção baseada no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e um ganho real de 2,5%. A proposta, incluída no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), também estima valores futuros: R$ 1.724 em 2027, R$ 1.823 em 2028 e R$ 1.925 em 2029. O ajuste segue a política de compensar a inflação e adicionar um incremento real, alinhado a um superávit primário estimado em R$ 34,3 bilhões (0,25% do PIB) e a um orçamento total de R$ 2,430 trilhões para o próximo ano.
O reajuste do salário mínimo deve impulsionar o crescimento nominal da massa salarial em 7,54% em 2026, além de impactar benefícios sociais como o BPC (Benefício de Prestação Continuada), cujo valor é vinculado ao piso nacional. As projeções indicam que os gastos com o BPC/LOAS atingirão R$ 140,1 bilhões em 2026, subindo para R$ 151,5 bilhões em 2027. Esses aumentos refletem a relação direta entre o salário mínimo e a definição de diversos programas assistenciais.
A proposta será analisada pelo Congresso Nacional nas próximas semanas, com o debate centrado nos efeitos econômicos e fiscais da medida. A discussão incluirá o equilíbrio entre o ganho real para os trabalhadores e o impacto nos cofres públicos, especialmente em um contexto de metas orçamentárias e crescimento econômico projetado.