A indústria do marketing está em um momento de reflexão sobre como transformou o ativismo em estratégia de comunicação, apenas para abandoná-lo posteriormente. Inicialmente, o foco era destacar características tangíveis dos produtos, mas, com a evolução da sociedade de consumo, o setor passou a vender estilos de vida e identidades. Nos últimos anos, atingiu seu ápice ao promover valores e ideologias, especialmente entre 2015 e 2022, na era do “brand purpose”.
Essa abordagem, no entanto, levou a uma banalização do ativismo, reduzindo-o a uma ferramenta de comunicação sem compromisso real com as causas. Embora o marketing sempre tenha sido essencial para conectar pessoas a produtos e serviços que atendam suas necessidades, a apropriação de temas sociais para fins comerciais gerou questionamentos. A prática, que parecia inovadora, agora enfrenta críticas por sua superficialidade e falta de autenticidade.
O texto sugere que é hora de repensar o papel do marketing e seu impacto na sociedade. Em vez de apenas capitalizar em cima de valores e movimentos sociais, as marcas precisam adotar uma postura mais genuína e responsável. A evolução da disciplina exige um equilíbrio entre persuasão comercial e integridade, evitando que o ativismo seja visto como mera estratégia de vendas.