Um ex-médico que tratou Diego Maradona no início dos anos 2000 declarou em tribunal que a internação domiciliar do astro argentino, pouco antes de sua morte, não foi adequada. Mario Schiter, especialista em terapia intensiva, afirmou que Maradona deveria ter permanecido hospitalizado após uma cirurgia cerebral, recomendação feita em novembro de 2020 durante uma reunião com familiares e profissionais de saúde. Apesar do alerta, a equipe responsável optou pelo tratamento em casa, onde o ex-jogador faleceu dias depois por insuficiência cardíaca.
Schiter destacou que um centro de reabilitação ofereceria maior segurança e controle, considerando o histórico médico de Maradona. Ele também mencionou que o acúmulo de líquido no abdômen do paciente indicava uma insuficiência cardíaca latente, que se agravou progressivamente. O depoimento ocorreu no julgamento de sete profissionais de saúde acusados de negligência ou homicídio culposo na morte do ídolo.
O caso continua a gerar comoção na Argentina, onde Maradona é reverenciado como uma lenda do futebol. O julgamento revisa os cuidados médicos prestados ao campeão mundial de 1986, que morreu em novembro de 2020, aos 60 anos. As investigações buscam esclarecer se houve falhas no acompanhamento que poderiam ter evitado o desfecho trágico.