O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU) anunciou a devolução integral de valores descontados irregularmente de aposentados e pensionistas do INSS entre 2019 e 2024. Os recursos retidos em abril serão restituídos na folha de maio, e os descontos futuros estão suspensos até a conclusão de uma revisão dos sistemas de autorização. A medida beneficia cerca de 6 milhões de pessoas, muitas das quais tiveram cobranças feitas sem consentimento. A CGU também suspendeu acordos com entidades associativas e está reavaliando os mecanismos de controle para evitar novas irregularidades.
As investigações, iniciadas em 2023, resultaram em uma operação conjunta com a Polícia Federal, cumprindo mandados em 13 estados e no Distrito Federal. As fraudes, estimadas em R$ 6,3 bilhões, envolviam cobranças não autorizadas por meio de convênios com associações privadas. A CGU destacou que agentes públicos e entidades privadas envolvidas serão responsabilizados, enquanto os sistemas do INSS passam por reestruturação para aumentar a transparência e a segurança dos beneficiários.
O presidente determinou a garantia do ressarcimento total aos afetados, sem necessidade de procurarem agências do INSS, pois as devoluções serão automáticas. Uma força-tarefa foi criada para organizar o processo, com detalhes a serem divulgados em breve. Denúncias recebidas desde 2020 e auditorias da CGU embasaram a operação, que agora investiga também falhas nos sistemas de fiscalização. A controladoria promete atualizações públicas sobre o andamento das investigações e orienta os beneficiários a reportarem descontos irregulares por canais oficiais.