O Ministério das Mulheres (MMulheres) e a Universidade de Brasília (UnB) anunciaram, em 9 de dezembro de 2024, uma parceria para o desenvolvimento das diretrizes arquitetônicas da futura Casa da Mulher Indígena (CAMI). A construção dessa unidade visa oferecer apoio a mulheres indígenas em situação de violência, respeitando as especificidades culturais e ambientais de cada bioma brasileiro. O projeto será orientado pelo LAB Mulheres, Arquitetura e Territórios (LAB_M.A.T) da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UnB, com o objetivo de criar espaços que valorizem as tradições e atendam às necessidades dessas mulheres.
Serão construídas seis unidades da Casa da Mulher Indígena, uma em cada bioma do Brasil (Caatinga, Pampa, Pantanal, Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica). A infraestrutura será planejada para garantir um acolhimento que respeite as particularidades culturais das mulheres indígenas, além de promover serviços de apoio e sensibilização nas comunidades. A criação dessas unidades é considerada uma resposta necessária à violência histórica enfrentada pelas mulheres indígenas, marcada por questões de racismo e sexismo, que ultrapassam o âmbito familiar e se refletem em diversos setores da sociedade.
O Ministério das Mulheres já está em diálogo com lideranças indígenas, além de representantes de outros ministérios e instituições, para garantir que o projeto contemple as reais demandas dessas mulheres. O objetivo é proporcionar um espaço de acolhimento e fortalecimento da autonomia das mulheres indígenas, ao mesmo tempo em que se busca uma escuta ativa das comunidades. Além da construção da Casa da Mulher Indígena, o governo federal continua expandindo o Programa Mulher Viver sem Violência, com a previsão de inaugurar 40 Casas da Mulher Brasileira até 2026, para atender mulheres em situação de violência em todo o país.