A China interrompeu as exportações de uma série de minerais críticos e ímãs de terras raras, essenciais para indústrias globais, como automotiva, aeroespacial, de semicondutores e de defesa. A medida, anunciada em resposta ao aumento de tarifas imposto pelos Estados Unidos, exige agora licenças especiais para a comercialização desses produtos. Com o sistema de licenciamento ainda em fase inicial, há preocupação sobre possíveis rupturas na cadeia de suprimentos, já que muitos países dependem quase exclusivamente da China para esses materiais.
A suspensão afeta metais pesados de terras raras, usados em ímãs que equipam desde carros elétricos até drones e mísseis. Empresas ao redor do mundo, especialmente nos EUA, podem enfrentar escassez, já que estoques são limitados e a produção local é incipiente. Enquanto algumas companhias japonesas mantêm reservas estratégicas, muitas americanas operam com margens estreitas, aumentando o risco de paralisações na produção.
A aplicação das novas regras tem sido irregular nos portos chineses, com alguns permitindo a exportação de ímãs com traços mínimos dos metais restritos, enquanto outros exigem testes rigorosos. A medida, embora tenha impacto econômico limitado para a China, pode afetar severamente setores estratégicos no exterior, intensificando as tensões comerciais e levantando dúvidas sobre a confiabilidade do país como fornecedor global.