Um incidente ocorrido em uma escola de Campinas, no interior de São Paulo, reacendeu discussões sobre o preparo e a conduta no atendimento a crianças autistas. Uma professora foi filmada sentando sobre um aluno de 6 anos, não verbal e com autismo, para imobilizá-lo durante uma crise. A família registrou boletim de ocorrência por lesão corporal, e o caso está sendo investigado pela polícia. A criança, que havia começado a frequentar a escola recentemente, não retornou após o episódio e agora recebe acompanhamento especializado.
A advogada da família classificou o ato como “tortura” e anunciou medidas legais, incluindo pedidos de proteção e ação por danos morais e materiais. Já a escola afirmou que a professora seguiu protocolos para conter uma crise de agressividade, destacando que o aluno havia apresentado comportamentos agressivos anteriormente. O advogado da instituição criticou a auxiliar que filmou a cena, alegando que a imobilização foi necessária para garantir a segurança de todos.
O caso, que ocorreu em março mas só foi denunciado em abril, será apurado pela Secretaria de Educação e pela polícia. Enquanto isso, o debate sobre a capacitação de profissionais para lidar com crises de crianças autistas ganha força, levantando questões sobre limites legais e dignidade humana no ambiente escolar.