O governo federal anunciou o congelamento de US$ 2,2 bilhões em subsídios destinados a uma das universidades mais prestigiadas do mundo, após a instituição se recusar a cumprir exigências relacionadas ao combate ao antissemitismo em seu campus. A medida ocorre em meio a protestos estudantis contra a guerra em Gaza, que têm ganhado destaque desde o início do ano. O Departamento de Educação afirmou que a interrupção das atividades acadêmicas e o assédio a estudantes judeus são inaceitáveis, justificando a decisão.
A universidade, por sua vez, defendeu sua autonomia em uma carta pública, alegando que as exigências do governo violam a Primeira Emenda da Constituição, que garante liberdades acadêmicas e de expressão. O reitor destacou que nenhum governo deve interferir na gestão, contratações ou linhas de pesquisa de instituições privadas. A instituição já havia rejeitado pedidos para auditar opiniões de professores e alunos, considerando-os uma extrapolação de autoridade.
Além dessa universidade, outra instituição de ensino em Nova York teve US$ 400 milhões em verbas cortadas por motivos semelhantes, mas optou por se comprometer com reformas para recuperar os fundos. Os subsídios federais representam 11% do orçamento anual da universidade afetada, que soma US$ 6,4 bilhões. O impasse reflete tensões mais amplas entre o governo e instituições acadêmicas sobre liberdade de expressão e compliance com políticas federais.