A China acusou a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) de realizar ataques cibernéticos contra infraestruturas críticas durante os Jogos de Inverno Asiáticos, em fevereiro. Segundo a agência estatal Xinhua, os alvos incluíam setores estratégicos como energia, transporte e defesa nacional, com ataques concentrados na província de Heilongjiang. As investigações citaram também a participação de duas universidades norte-americanas, embora sem detalhar seu envolvimento.
Os ataques teriam explorado brechas em sistemas Windows, afetando inclusive o registro dos jogos, com o objetivo de acessar dados sensíveis de atletas e organizadores. O pico da ofensiva ocorreu em 3 de fevereiro, durante uma partida de hóquei no gelo, com os hackers usando servidores anônimos em países da Europa e Ásia para disfarçar sua origem. O governo chinês afirmou ter apresentado suas preocupações formalmente aos EUA, pedindo o fim dessas ações.
Em resposta às acusações, Pequim negou historicamente envolvimento em espionagem digital e, recentemente, tem denunciado operações similares atribuídas a Washington. Em dezembro, a China alegou ter neutralizado dois ataques cibernéticos norte-americanos contra empresas locais. A embaixada dos EUA não se manifestou sobre o caso, que reflete a escalada de tensões no campo da segurança digital entre as duas potências.